São nostálgicas as imagens das comitivas de gado que atravessavam grandes extensões de terras, cortando o país, com o boiadeiro e seu berrante a frente de uma imensa boiada. Hoje em dia, este tipo de atividade pode até persistir em alguns lugares, mas o som do berrante foi fortemente substituído pelos motores dos caminhões boiadeiros, que transportam os animais de uma fazenda para outra ou para os frigoríficos. Uma das principais preocupações de quem trabalha com o carregamento de gado é a preparação da viagem. É preciso assegurar uma viagem segura que não prejudique o animal, o que refletiria no preço de comercialização. A capacidade de carga do caminhão boiadeiro pode variar de 22 a 40 cabeças, dependendo do tamanho da carreta. Dentre os fatores que interferem na logística do gado estão: a qualidade do caminhão, que deve ter a carroceria adequada para garantir a segurança do animal; a preparação, ou seja, o momento de embarque da carga, que deve ser realizada de maneira tranquila; e a experiência do condutor para transitar com cuidado em qualquer tipo de estrada. Os trajetos percorridos pelo caminhão boiadeiro, normalmente, variam de 250 a 300 km, possibilitando o embarque e chegada no mesmo dia. Em distâncias maiores, é recomendável que sejam feitas paradas, a cada duas horas, para alimentar e dar água aos animais. Também é indicado que a viajem ocorra nos horários menos quentes do dia, como no início da manhã e fim da tarde. Para um trabalho satisfatório é preciso garantir que o instrumento de trabalho esteja em ótimas condições. A carreta boiadeira deve passar por constantes revisões antes de cada viagem, observando a qualidade tanto do compartimento onde os animais serão transportados quanto da regularidade mecânica do veículo. Nesta modalidade de transporte, qualquer detalhe pode prejudicar a carga. No momento da compra, é importante observar todos os detalhes do caminhão boiadeiro a venda.